Morre em São Paulo o ex-governador Orestes Quércia
Político lutava há dez anos contra câncer na próstata
Redação CORREIO
  Morreu na manhã desta sexta-feira (24) o  ex-governador de São Paulo  Orestes Quércia, aos 72 anos, informou a  assessoria do hospital Sírio  Libanês, onde Quércia estava internado  para tratar de um câncer na  próstata. 
  No início de setembro, ele teve diagnosticado um  tumor de próstata que  havia sido tratado há mais de dez anos. Dias  depois, o peemedebista  desistiu de sua candidatura ao Senado para  tratar a doença. 
  Trajetória política
Orestes Quércia nasceu em Pedregulho, no interior de São Paulo, em 18 de agosto de 1938. O empresário foi vereador, deputado estadual, senador, vice-governador e governador do Estado de São Paulo. Construiu a maior parte de sua trajetória política dentro do PMDB, algumas vezes em oposição aos rumos da direção nacional do partido.
Orestes Quércia nasceu em Pedregulho, no interior de São Paulo, em 18 de agosto de 1938. O empresário foi vereador, deputado estadual, senador, vice-governador e governador do Estado de São Paulo. Construiu a maior parte de sua trajetória política dentro do PMDB, algumas vezes em oposição aos rumos da direção nacional do partido.
  Quércia viveu com a família parte da infância nas  cidades de Franca e  de Campinas. Foi em Campinas, quando ainda era  adolescente, que deu os  primeiros passos na política estudantil,  envolvendo-se no grêmio da  Escola Normal Livre. Nesse mesmo período,  trabalhou como repórter do  “Diário do Povo”. 
  Escolheu cursar direito na Faculdade de Direito da  Universidade  Católica de Campinas. Na faculdade coordenou o jornal do  centro  acadêmico. Trabalhou como locutor entre 1959 e 1963 nas rádios  Cultura e  Brasil, além de trabalhar no “Jornal de Campinas” e na  sucursal do  jornal “Última Hora”. 
  Começou na política em 1963, quando foi eleito  vereador em Campinas  pelo Partido Libertador. Filiou-se ao Movimento  Democrático Brasileiro  (MDB) após o Ato Institucional nº 2. Pelo MDB,  em 1966, foi eleito  deputado estadual. Voltou para Campinas em 1969  para assumir a  prefeitura da cidade. 
  Nas décadas de 70 e 80, Quércia tornou-se um dos  políticos mais  influentes no estado conquistando apoio de políticos do  interior. Em  novembro de 1974, venceu a disputa ao Senado. Em setembro  de 1979,  apresentou proposta de emenda constitucional convocando uma  assembleia  nacional constituinte. Em Campinas, no mesmo ano, fundou o  “Jornal  Hoje”, publicação posteriormente incorporada ao “Diário do  Povo”. 
  Já no PMDB, em 1982, foi eleito vice-governador na  chapa de André  Franco Montoro. Em novembro de 1986, derrotou Paulo  Maluf na disputa  pelo governo do estado. Após a série de vitórias nas  urnas que teve seu  ápice no governo do estado, o peemedebista não  venceu nenhuma outra  eleição. Concorreu à Presidência da República em  1994, mas ficou em  quarto lugar. Em 1998, tentou voltar ao governo de  São Paulo, mas  recebeu apenas 4,3% dos votos válidos. 
  No governo paulista, Quércia investiu na reforma  de estradas, construiu  o Memorial da América Latina e criou a  Secretaria do Menor. O político  também atuou como empresário nos ramos  imobiliário e de comunicação,  além de investir no setor agropecuário.  Após deixar o cargo de  governador, Quércia foi presidente nacional do  PMDB entre 1991 e 1993. 
  Em 2010, chegou a lançar candidatura ao Senado.  Enquanto o seu partido  articulou uma aliança para a eleição de Dilma  Rousseff, Quércia e o PMDB  paulista ratificaram o apoio já estabelecido  ao PSDB, que lançou José  Serra como candidato. Em setembro, o  peemedebista anunciou, por meio de  carta, a desistência da candidatura. 
  O motivo da desistência foi o diagnóstico do  retorno de um tumor de  próstata que havia sido tratado há mais de 10  anos. “Entendo que essa  atitude, nesse momento, apesar de difícil, é a  mais correta a bem dos  interesses da Coligação, do meu Partido, do meu  estado e meu interesse  em recuperar minha saúde", diz Quércia na carta.  Após a o diagnóstico,  Quércia começou o tratamento com sessões de  quimioterapia e ficou  internado 36 dias, entre agosto e outubro. As  informações são do G1. 
 
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