Vazou para o À Queima Roupa o clima quentíssimo da reunião de ontem (3), no auditório da SSP-BA, no Centro Administrativo da Bahia. Além de representantes da cúpula da Secretaria de Segurança Pública, lá estavam comandantes de unidades da PM-BA e delegados titulares da capital e região metropolitana. O tema do encontro era “avaliar os bairros com maiores índices de homicídios e tentativas, com os horários de pico destas ocorrências mapeados”, conforme nota da assessoria de comunicação, mas, num ato fora do script, coronel PM da antiga chutou o pau da barraca e expôs sem meias palavras toda a insatisfação da caserna com a política de segurança pública desenvolvida pela atual gestão. Vomitou de um só jato todos os sapos e cobras engolidos nos últimos quatro anos e neste primeiro mês do governo de todos os nós.
Bom, há quem atribua a inesperada reação à gênese do orador, homem ligado ao carlismo e que atuou por muito tempo na antessala dos governos na era ACM. Quem viu a explosão, ficou boquiaberto, afinal, levando-se em conta o apreço que os militares têm à hierarquia, desabafos desse quilate não são muito comuns. O graduado colocou a cúpula da Secretaria de Segurança Pública na parede, diante de uma boquiaberta plateia. Ao final do depoimento, foi efusivamente aplaudido, para constrangimento da mesa.
E isso pode ser só o começo. O desconforto no âmago da SSP-BA é grande e começa com o desprestígio vivido pelas polícias Militar e Técnica. Afinal, ao contrário do que possa parecer, institucionalmente, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia abriga em sua estrutura, não apenas a Polícia Civil, mas a PM-BA e o DPT, espécies de primos pobres na atual gestão. Não adianta fechar os olhos e nem reduzir os desgostos dos policiais a uma mera questão salarial. A insatisfação é grande, mas se espalha de forma silenciosa como fogo de monturo. Na reunião de ontem, o desabafo do coronel pode ter sido apenas um sinal de fumaça.
Bom, há quem atribua a inesperada reação à gênese do orador, homem ligado ao carlismo e que atuou por muito tempo na antessala dos governos na era ACM. Quem viu a explosão, ficou boquiaberto, afinal, levando-se em conta o apreço que os militares têm à hierarquia, desabafos desse quilate não são muito comuns. O graduado colocou a cúpula da Secretaria de Segurança Pública na parede, diante de uma boquiaberta plateia. Ao final do depoimento, foi efusivamente aplaudido, para constrangimento da mesa.
E isso pode ser só o começo. O desconforto no âmago da SSP-BA é grande e começa com o desprestígio vivido pelas polícias Militar e Técnica. Afinal, ao contrário do que possa parecer, institucionalmente, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia abriga em sua estrutura, não apenas a Polícia Civil, mas a PM-BA e o DPT, espécies de primos pobres na atual gestão. Não adianta fechar os olhos e nem reduzir os desgostos dos policiais a uma mera questão salarial. A insatisfação é grande, mas se espalha de forma silenciosa como fogo de monturo. Na reunião de ontem, o desabafo do coronel pode ter sido apenas um sinal de fumaça.
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