sábado, 26 de fevereiro de 2011

Perdi minha virgindade


Barreiras

Perder a virgindade é uma tarefa muito mais complexa do que se pode imaginar. Além da dor, a mulher deve ultrapassar barreiras enormes, nem todas fundamentadas, mas todas criadas através dos séculos e carregadas de medo. Heranças de sociedades extremamente machistas e religiosas, que atribuíram à sexualidade feminina proporções submissas e pecaminosas, conturbando o psicológico feminino até os dias atuais e trazendo insegurança à mulher, que deixou, por muito tempo, de ser dona do próprio corpo.
Parte desse conservadorismo e dessa “culpa católica” que envolve o sexo e a mulher, foi destruído durante a “libertação e revolução sexual” que aconteceu nos anos 60, mas outros medos surgiram, como a AIDS.
Você percebeu que, até aqui, falamos de tantos problemas relacionados ao sexo que nem abordamos efetivamente a questão da virgindade. Com isso você já pode começar a imaginar o turbilhão de dúvidas e sentimentos que se passam pela cabeça de uma jovem, afinal, ela está mesmo pronta para lidar com todo esse peso que envolve o sexo?
A culpa é uma questão religiosa. Muitas vezes, na própria masturbação, a pessoa sente a culpa após atingir o orgasmo. Logo vem à mente as palavras do padre ou do pastor, a vergonha e até pensamentos como “será que um espírito estava me observando enquanto eu me masturbava?”. Pode parecer bobagem para muitas pessoas, mas é uma realidade para muitos jovens e imaginar que deve lidar com pensamentos assim depois do ato sexual sem casamento, por exemplo, é assustador.

Mas, a boa notícia é que conforme vamos amadurecendo, essa idéia repressora de culpa vai nos deixando. Além disso tem o sentimento de que “estamos traindo a confiança de nossos pais”. Sim, a culpa é uma forma de reprimir as pessoas e, quanto mais ciumentos e conservadores são os pais, maior a carga de culpa que eles vão embutir nos filhos, causando, em alguns casos, danos psicológicos severos que, se não tratados, ficam nos filhos por toda a vida deles, mesmo quando envelhecem.
Outro fato é que, apesar de todos os avanços tecnológicos e sociais, como a vitória das mulheres no mercado de trabalho, a virgindade ainda é muito valorizada na mulher. Sabendo disso – ou pensando em “guardar-se” para o casamento, muitas garotas acabam cometendo equívocos inexplicáveis, como por exemplo, praticar o sexo anal para não perder a virgindade. Tenho relatos de garotas que praticavam sexo anal para não romper o Hímen por vários motivos, entre eles, para preservar-se virgem para o futuro marido e uma, em especial, que tinha visitas periódicas com um ginecologista a pedido da mãe. Ela temia que o médico contasse para sua mãe, caso perdesse a virgindade. Um absurdo, uma vez que o médico é PROIBIDO POR LEI E PELA ÉTICA de causar um constrangimento desse tamanho. Qualquer consulta médica desse tipo é sigilosa e o médico pode responder processo caso exponha um paciente dessa forma, mesmo que para a mãe do paciente. Enfim, a pressão social para a mulher perdendo virgindade é enorme.
Uma mulher que perde a virgindade deve estar preparada psicológica e fisicamente para lidar com essas questões. E esse momento certo só ela sabe.

Não se curve a pressões se você sente que este não é o momento. Um homem tirando a virgindade de uma garota geralmente não sente culpa. Mas para ela o fardo pode ser pesado, caso não seja a hora certa.
Perder a virgindade é assunto sério e você só tem a curtir. Portanto, não force a barra. Espere e se valorize, mas não crie falsos valores como os religiosos repressores e sociais. Só você sabe a hora certa.
Se quiser, fique livre para relatar suas experiências. Elas podem ser valorosas para garotas que pensam em perder a virgindade e estão em dúvida.


Fonte Gestantes.Net

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