Coelba cobra quase R$ 33 mil de consumidor para fazer ligação elétrica em Vitória da Conquista
 Núcleo de Notícias
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No ano passado, A Coelba – Companhia de Eletricidade do Estado da  Bahia despertou a atenção da mídia após um alto índice de erros nas  cobranças de tarifas, com mais de 11 mil reclamações. Desta vez uma  polêmica cifra em um caso emblemático, suscita o debate acerca das  interpretações das leis que regem as relações entre concessionária de  energia e consumidor.
Segundo denúncia do  consumidor Francisco Carlos dos Santos,  registrada no Procon  e em fase de encaminhamento à Justiça comum, a  Coelba,  após um atraso de três meses, além do máximo de seis  estipulados por lei, apresentou uma “solução” considerada indecente por  Carlos:  A “participação” dele com R$ 32.906,74 para que o serviço se  inicie.
Na carta, entregue ao Sr Francisco pela  Coelba, esta cita a Lei 10.762 de 2003 sobre a “Universalização dos  Serviços de Energia Elétrica” que permite a distribuidora cobrar do  solicitante uma participação no custo da obra. No entanto,  o que chama a  atenção é o valor da cota de participação da empresa, R$ 0,00 em  comparação a parte que cabe ao Sr Francisco.
Sem luz no fim do túnel - Após seis meses de espera,  no escuro, Francisco procurou a gerência em Conquista, “voltei a falar  com a COLEBA no dia 30 de dezembro de 2010, me pediram um prazo de 3  dias e também não cumpriram, numa terceira conversa a gerente me falou  de uma carta que me daria ‘segurança e tranqüilidade’ , com essa carta  na mão a minha energia seria ligada e, pra minha surpresa, o conteúdo  dela se tratava de um orçamento no valor de mais de 32 mil reais para eu  pagar à COELBA”, explica.
Ainda, segundo Francisco, foi negado o direito de ver o projeto da  obra bem como ler o contrato antes do pagamento, “falei com o gerente de  atendimento, ele não soube explicar o porquê desse valor. Pedi para ter  acesso ao projeto da obra, ele me negou alegando que (…) nenhum outro  cliente havia pedido isso, pedi pra ver o contrato, também me foi  negado. Segundo o gerente, para ter acesso a esse contrato eu teria que  primeiro autorizar a fatura para pagamento, ou seja, como é que a gente  vai pagar uma coisa sem ler?”, queixa-se Francisco.
O bairro, que fica nas proximidades da URBIS I, é eletrificado e na  quadra apenas a casa de Francisco não tem eletricidade, “o vizinho da  esquerda, da direita, em frente, todos têm energia, na quadra sou o  único que não tenho. Não tem explicação pra esse preço absurdo. A  distância entre o poste de baixa tensão, que é o que preciso, e meu  terreno é de 80 a 100 metros”, diz . Francisco diz ter procurado a  Câmara de Vereadores, o PROCOM,  e vai entrar com uma ação na Justiça  comum.
Desde o início da tarde do dia 23, nossa reportagem tentou por  diversas vezes entrar em contato com a gerência regional por telefone,  sem sucesso. Enviamos email  também para a Ouvidoria da COELBA, mas até o  fechamento da edição não fomos respondidos.

 
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