Defesa acredita que, com laudo de psiquiatra, Cadu será considerado incapaz
João Varella, do R7
Christian Rizzi/Agência de notícias Gazeta do Povo/AE
Carlos Eduardo Sundfeld, o cadu, confessou ter matado o cartunista Glauco
A Justiça pode declarar ainda neste mês de março se o acusado de assassinar o cartunista Glauco Vilas Boas e seu filho Raoni, é inimputável (pode responder por seus atos) ou não. O crime completa um ano neste sábado (12).
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Um laudo divulgado em dezembro de 2010 declarou que Carlos Eduardo Sundfeld, o Cadu, é irresponsável por seus atos. Esse documento, considerado fundamental pela defesa, atrasou o andamento do processo em Foz do Iguaçu (PR) por meses. O Paraná tem apenas dois peritos capazes de emitir esse tipo de laudo.
Já de posse do documento, no dia 28 de fevereiro de 2011 a Vara Criminal Federal de Foz do Iguaçu ouviu testemunhas para decidir se o caso vai ou não a júri popular. Entre os depoimentos ouvidos na ocasião está o do psicólogo que tratou Cadu. Segundo o advogado Gustavo Badaró, que representa o acusado, a família fez um termo eximindo o profissional de seu sigilo. O depoimento, cujo conteúdo é mantido em sigilo pela Justiça, é apontado por Badaró como "contundente".
Confissão Após ser preso, Cadu confessou o crime à Justiça. Ele disse que cometeu o crime em resposta a sinais religiosos. O jovem frequentava a comunidade religiosa liderada por Glauco (leia mais abaixo).
Caso o juiz decida que Cadu deve ir a julgamento, a defesa poderá entrar com recurso. O R7 apurou com procuradores federais que é difícil que o juiz não decida pela inimputabilidade. Ele deve se basear no laudo, considerada uma prova técnica de grande peso.
Depois da sessão de fevereiro, a Justiça deu cinco dias para a defesa e a procuradoria fazerem suas alegações finais. Agora que o prazo terminou, a decisão do juiz pode sair a qualquer momento - a assessoria de imprensa da Justiça Federal do Paraná não soube informar se há uma data certa para que isso ocorra.
O cartunista e seu filho foram mortos em Osasco, na Grande São Paulo, diante da casa em que viviam. O processo, porém, corre no Paraná porque Cadu tentou fugir para o Paraguai depois do crime. Na fuga, ele foi detido em Foz do Iguaçu, nas proximidades da ponte da Amizade. Na ocasião, Cadu chegou a atirar contra policiais federais.
Em um primeiro momento, dois inquéritos contra o jovem foram abertos: um na Justiça estadual de São Paulo e outro na esfera federal, no Paraná. Mas, em meados de 2010, os dois processos foram reunidos em um só, que passou a correr no Paraná.
Cadu foi transferido do cárcere da Superintendência da Polícia Federal de Foz do Iguaçu para um presídio de segurança máxima em Catanduvas. Na ocasião da transferência, a polícia argumentou que a presença dele na superintendência deixava os outros presos transtornados.
R7
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