 
Quem já treinou ou treina com  regularidade sabe o quanto precisa se dedicar para alcançar os  resultados desejados. Mas, nem sempre é possível treinar na quantidade  que gostaríamos e/ou precisaríamos. Por vezes é necessário até parar  totalmente.
 
E agora? Vou perder tudo? 
E a verdade, infelizmente, é: tudo  não, mas boa parte. Os efeitos do destreinamento são amplamente  estudados, e acomete os praticantes dos mais variados esportes, desde  corredores, futebolistas, nadadores, até praticantes de musculação. Cada  atividade, claro, responde de maneira diferente ao destreinamento. O  tempo que leva a regressão, além do tipo de atividade praticada, depende  também do indivíduo, do tempo de treinamento, da forma e razão que  ocorreu essa parada, da idade do indivíduo e etc. Algumas valências  físicas também são perdidas mais rapidamente que outras. Por exemplo:  para os praticantes de musculação, a força é perdida muito mais  rapidamente do que a hipertrofia muscular.
 
Segundo Coyle 1994, os sistemas  corporais regridem na mesma proporção da diminuição do estímulo. Ou  seja, se a parada é repentina como nas lesões, a regressão é rápida.  Convertino 1997, citado por Fabiana Evangelista e Patrícia Brum na  Revista paulista de Educação Física mostrou que o débito cardíaco máximo  sofreu uma redução de 26% após 21 dias de destreinamento. Em outro  estudo realizado pelo mesmo pesquisador, a redução do débito cardíaco e  volume sistólico foram de 23% em apenas 10 dias. Isso demonstra  claramente que a queda é vertiginosa nos primeiros dias. Depois, a curva  de perda é mais lenta. Menos mal. Afastamentos de 21 a 84 dias, a perda  não é total e o retorno às atividades não partem do zero.
 
Na musculação, como existem dois tipos  conhecidos de hipertrofia muscular, a sarcoplasmática e a miofibrilar, a  primeira pode ser mais suscetível ao destreinamento em virtude do  aumento da seção transversal (tamanho do músculo) se dar em virtude do  acúmulo de substâncias no citoplasma da célula muscular (sarcoplasma). A  miofibrilar se refere a multiplicação das miofibrilas protéicas com  capacidade contrátil (Santarém 1999). Ou seja, na miofibrilar o músculo é  maior porque as fibras musculares, por assim dizer, são mais grossas.  Acredita-se numa resposta mais lenta ao destreinamento do que a  sarcoplasmática que tem mais líquidos no músculo. 
 
É importante salientar que, qualquer  que tenha sido o motivo da interrupção do treinamento, a volta aos  treinos deve ser de forma gradual. É muito comum observarmos praticantes  exercendo os treinamentos com a mesma intensidade de antes de parar.  Isso aumenta e muito os riscos de lesão.
 
Por outro lado, ex-praticantes, ou  praticantes que interromperam temporariamente os treinamentos, voltam ao  condicionamento físico anterior muito mais rapidamente do que as  pessoas que estão treinando pela primeira vez. Isto ocorre porque o seu  organismo “já sabe” como alcançar aquele estado, e o praticante também  já tem certa experiência na atividade, para saber o que funciona ou não  com ele.
 
Outro fator confortante é que, por  pior que sejam os efeitos do destreinamento, dificilmente um indivíduo  vai voltar à “estaca zero”, ou seja, dificilmente ele vai voltar a ser o  que era antes de iniciar a atividade. 
* Fontes consultadas:
http://www.copacabanarunners.net/destreinamento.html
http://www.efdeportes.com/efd80/ferias.htm
 
Vi no http://www.fitnessclub.tk/?p=636 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem fiquem a vontade esse espaço é seu.