sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Curiosidades

Essa semana teve uma situação meio que ilusitada, pegar uma cobra! A principio acharam que seria uma Jiboia, no entanto descobrimos que não era ai veio o impasse seria ela venenosa ou não venenosa, vai ai algumas dicas
 

Cobras
Como identificar as espécies venenosas?

Dos animais peçonhentos, a cobra é a menos perigosa para o homem. Piores do que ela, estão a Tarântula e a Aranha Marrom.

A maioria das espécies de cobras são de hábitos noturnos e possuem movimentos lentos. Sendo assim, a maior chance de ser picado por uma cobra venenosa é quando pisamos nela. Esta é a razão porque a maioria dos acidentes com picadas acontecem na perna, até a altura do joelho. Dessa forma, o equipamento de proteção individual mais indicado para atividades em matas ou florestas é uma bota de cano alto.
Acidente com picada de cobra. Como proceder?
O reconhecimento de serpentes peçonhentas é de suma importância, pois no caso de uma picada há a necessidade de se informar as características desta para que o tratamento seja aplicado com eficácia.
A eficiência da terapêutica é muito maior com um soro específico do que com soros multivalentes. Assim, se o acidente for com cascavel é muito melhor injetar no paciente soro especificamente anticrotálico, do que um soro polivalente.
A pessoa acidentada informando corretamente ao médico o tipo de cobra que o mordeu, receberá uma terapêutica muito mais eficaz. No caso de dúvidas, lhe será administrado soro polivalente de menor eficiência para combater o veneno ofídico.
Mas algumas perguntas podem ser suscitadas:
1 - O médico não é capaz de diagnosticar pelos aspectos clínicos o tipo de cobra que mordeu a pessoa?
Sim, a prática clínica com vítimas de ofídios peçonhentos leva ao reconhecimento correto da cobra responsável pelo acidente, mas são poucos os profissionais que têm a prática necessária para fazer este diagnóstico. Em todo Brasil, ocorrem mensalmente entre 1.500 e 2.000 casos de ofidismo. Sendo assim, são poucos os médicos que têm experiência suficiente para reconhecer os quadros clínicos específicos de cada gênero de serpente, com exceção é claro, daqueles que atuam nos grandes centros de referência, como por exemplo, o Hospital Estadual São Sebastião (Caju), Hospital Municipal Lourenço Jorge (Barra da Tijuca), Hospital Universitário da UFRJ (Fundão) e Hospital Municipal Souza Aguiar (Centro).
2 – Os hospitais possuem algum teste para detectar o tipo de veneno?
Sim. Esses exames existem e são capazes não só de identificar o tipo de veneno como também a quantidade que foi injetada pelo animal na vítima. Mas há 2 problemas: primeiro, os testes são demorados e o paciente não pode aguardar horas para a realização do mesmo e segundo, nas atuais condições em que a saúde pública se encontra, a dificuldade técnica e o custo acabam limitando sua utilização. Sendo assim, quando o paciente chega ao posto de atendimento é preciso agir com rapidez e com os meios disponíveis: soros e outros remédios.
Sendo assim, até que haja um meio eficiente e sem riscos de diagnosticar o tipo de veneno nos centros médicos e postos de saúde, é importante que a vítima seja capaz de informar a espécie (pelo menos o gênero) de cobra que a mordeu: jararaca, cascavel, surucucu ou coral. Levar o ofídio – vivo ou morto – até o centro médico é uma ótima idéia, desde que a captura ou morte do animal não resulte em novas mordidas. O animal morto ou imobilizado, poderá ser examinado com calma e de uma forma minuciosa.
Reconhecimento: como saber quais são as venenosas?
INFORMAÇÕES BÁSICAS:

 
 VENENOSA
 NÃO VENENOSA
 CABEÇA
 TRIANGULAR
 ARREDONDADA
 OLHOS
 PEQUENOS
 GRANDES
 FOSSETA (orifício entre os olhos e a narina)
 TEM
 NÃO TEM
DESENHO DAS ESCAMAS
 IRREGULARES
 SIMÉTRICOS
 CAUDA
 AFINA RAPIDAMENTE
 AFINA GRADATIVAMENTE
 DENTES
 2 PRESAS
 PEQUENOS E IGUAIS
 PICADA
 2 MARCAS MAIS PROFUNDAS
 ORIFÍCIOS PEQUENOS E IGUAIS
INFORMAÇÕES DETALHADAS
Cobras Venenosas
-> Cabeça chata, triangular, bem destacada.
-> Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os olhos e as narinas (quadradinho preto).
-> Escamas do corpo alongadas, pontudas, imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de aspereza.
-> Cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo.
-> Cauda curta, afinada bruscamente.
-> Quando perseguida, toma atitude de ataque, enrodilhando-se.
Cobras Não Venenosas
-> Cabeça estreita, alongada, mal destacada.
-> Olhos grandes, com pupila circular, fosseta lacrimal ausente.
-> Escamas achatadas, sem carena, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio.
-> Cabeça com placas em vez de escamas.
-> Cauda longa, afinada gradualmente.
-> Quando perseguida, foge.
IMPORTANTE
* Verifique a coloração do corpo do animal que lhe mordeu. Os característicos anéis coloridos das cobras corais são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma cobra coral. A confusão com as serpentes corais falsas é irrelevante, pois não trará nenhum perigo à sua saúde.
* Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o chocalho típico da cascavel. O chocalho também se ouve: antes de dar o bote, a cascavel balança vigorosamente a cauda para lhe espantar com o ruído. O chocalho é muito óbvio e fácil de reconhecer. Já as escamas eriçadas da cauda da surucucu é muito mais difícil de ver.
* Tome nota da hora em que a pessoa for picada. É uma informação preciosa para o posto de socorro. Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da falsa: se após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de envenenamento ofídico, ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo decorrido entre o acidente e a intensidade dos sintomas também é fundamental para avaliar a gravidade do caso e guiará a terapêutica a ser aplicada.
* Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc.
Como é produzido o antídoto
O antídoto contra o veneno é preparado a partir de soro de cavalos que são imunizados contra a peçonha de cobras. Doses crescentes de veneno são injetadas durante um período para que o animal fabrique anticorpos contra o mesmo. Depois, retira-se o sangue do cavalo e prepara-se o soro anti-ofídico para uso em pacientes mordidos por cobras.
É possível injetar mais de um tipo de veneno, por exemplo, de jararaca e cascavel no cavalo, a fim de que faça anticorpos contra ambos as serpentes. Isto é feito e existem soros bivalentes: antibotrópico e anticrotálico (contra jararaca e cascavel), antilaquético e antibotrópico (contra surucucu e jararaca), etc.
Entretanto, a eficiência da terapêutica é muito maior com um soro específico do que com soros multivalentes. Assim, se o acidente for com cascavel é muito melhor injetar no paciente soro especificamente anticrotálico, do que um soro polivalente.

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